quarta-feira, 19 de novembro de 2008

TCC - Revista Resist!

O post de hoje é o link.

Para não me deixar mentir, disponibilizei para download o meu Trabalho de Conclusão de Curso de Jornalismo, faculdade que conclui no ano passado.

O primeiro link é o TCC em si, a revista Resist!, que trata única e exclusivamente do movimento punk. Lembrando que alguns textos não refletem minha opinião, pois é um projeto de veículo informativo dentro do punk.

O segundo link é o projeto da revista, ou seja, qual seria seu público-alvo, custo de produção, locais de venda, etc.

Confiram e comentem sobre a revista e o projeto, o feedback do público é uma coisa muito gostosa.

Se o link sair do ar, avise nos comentários, que logo em seguida coloco novamente no servidor.

Fica também o toque, quem quiser abraçar a revista e realmente colocá-la no mercado, estamos aí.


Revista Resist! - http://www.sendspace.com/file/evewfk


Projeto da revista - http://www.sendspace.com/file/bk40xr

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Robô For Never

Fiquei a semana passada inteira sem postar. Eu deixei claro no primeiro post que não teria periodicidade por aqui, podem ser três postagens num dia de loucas idéias ou nada em uma semana difícil e pensativa.

Quero explicar a razão e fazer do assunto o texto de hoje.

Há vários motivos que fizeram eu não lutar e buscar um emprego na área na qual eu me formei, como disponibilidade, grana, mercado de trabalho, entre outros. Mas o principal deles é ser obrigado a ser criativo, perfeito e inteligente todos os dias.

A idéia de que o ser humano deve ser uma máquina, tanto fisicamente, quanto psicologicamente, está praticamente em todas as profissões da pós-modernidade, mas acho que o Jornalismo é uma das mais difíceis mentalmente, ou talvez não, e eu esteja apenas puxando a sardinha pro meu lado e me fazendo de coitado.

Imagine você num dia que briga com alguém querido, tem milhares de contas a serem pagas, é multado no trânsito sem motivo ou simplesmente sofre de uma crise existencial e ainda é obrigado pelo seu editor a redigir um artigo de 95 linhas sobre a queda da balança comercial brasileira neste ano.

As vezes penso que uma redação poderia ser como um time de futebol. Assim que o titular sofresse uma lesão física ou psicológica, o reserva entraria no jogo. Mas isso está longe da realidade. As redações estão cada vez mais enxutas e cada vez pagam menos. Se já é difícil manter um titular, imagine também um reserva.

Outra razão que não me motiva exercer o ofício de jornalista é o fato de trabalhar também, na maioria das vezes, aos sábados e domingos. Firmo aqui, em escrito, o compromisso comigo mesmo de nunca fazer isso.

Sempre tive o fim de semana como sagrado. Foram exceções as vezes em comércios da família, nos empregos e nos trabalhos de faculdade que sacrifiquei meus dois dias de liberdade semanais.

O meu trabalho é o padrão, de segunda a sexta-feira, das 08 às 18h, e já odeio essa rotina. Trabalho durante nove horas e tenho uma de almoço, perco quase duas esperando o ônibus e no trânsito, mais meia hora para higiene pessoal, mais quase uma hora para se alimentar em casa e o dia só tem 24 horas. Ah, e não se esqueça que, segundo os saudáveis de plantão, temos que dormir ainda oito horas por dia. Ufa!

Não quero estudar nunca mais. Ano passado acrescente no parágrafo acima três horas de aula na faculdade e mais não sei quantas para fazer o TCC. Nessa hora, um sonoro vai se fuder aos saudáveis de plantão. Afinal, há outro jeito?


Link: http://moshpittragedy.com/info-extremenoiseterror.shtml
Extreme Noise Terror - Back to the Roots CD


A primeira música que me vem a cabeça quando o assunto é trabalho é "Work for Never", dos "mais punks do mundo", Extreme Noise Terror.

A coletânea 'Back to the Roots' foi lançada este ano pela Moshpit Tragedy Records e cobre toda a fase crust da banda, deixando totalmente de lado a época death metal.

Há rumores que a banda estará no Brasil, para um show em São Paulo, em fevereiro de 2008.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Peitinhos e Pintinhos

Na quarta-feira desta semana (29/10) fiz um programa muito agradável. Fui ao Cine Arte com a minha avó paterna, que é sempre ótima companhia. Para quem não é de Santos ou é e não conhece, o Cine Arte é um cinema mantido pela Prefeitura que cobra apenas R$ 3,00 o ingresso, sendo R$ 1,50 a meia entrada para estudantes e idosos.

O filme que assistimos foi "Onde Andará Dulce Veiga?", que conta com famosos atores globais como Maitê Proença, Carolina Dieckman, Christiane Torloni, Nuno Leal Maia, etc. Resumindo, o longa é bom e merece ser visto. O começo é mais fraco, mais difícil de ser compreendido, soando "inteléctualoide" demais, porém depois o filme desenrola legal e continua sim um drama, mas com bastante suspense.

Destaco a atuação dos atores, pois é uma representação bem diferente da que costumamos ver nas novelas globais. Personagens loucos, atordoados, contraditórios, ou seja, reais e bem diferentes dos folhetins noturnos, onde tudo parece belo, limpo e sensato.

A atriz que mais me surpreendeu foi Carolina Dieckman, que interpreta a líder da banda "Márcia Felácio e as Vaginas Dentadas". Quem está acostumado com seus papéis de boa moça irá tomar um susto com uma personagem drogada e roqueira, no sentido mais esteriotipádo que você possa imaginar.

Mas não é o filme em si que me motivou a gastar algum tempo escrevendo sobre cinema por aqui, e sim a nudez e o vocabulário apelatório presente em grande parte dos filmes brasileiros, inclusive em "Onde Andará Dulce Veiga", onde sobram peitinhos, pintinhos e palavrões desnecessários a toda dúzia de minutos.

A minha idéia de escrever sobre o assunto partiu do "Manifesto Contra a Nudez", lançado pelo ator Pedro Cardoso (o Augustinho da 'Grande Família') no início do mês. Não me acho moralista, muito menos conservador e defensor dos tais "bons costumes", mas a quantidade de cenas totalmente desnecessárias que envolvam sexualidade e palavras de baixo calão é enorme dentro da obra cinematográfica brasileira.

Há filmes no qual ao invés do público comentar sobre a trama, sobram comentários como "fulana fica peladinha no filme", "tem uma cena de sexo explicíto com fulana e ciclano no final", ou seja, o foco principal foge do tema do filme e vai para as cenas "pornôs".

Deve ser herança da famosa pornochanchada, comum na década de 70. O ator Pedro Cardoso afirmou que a quantidade de cenas são herdadas "de uma certa liberdade de costumes, obtida por parte da população nos anos 60 e 70, e fazem hoje um uso pervertido dessa liberdade”.

Algumas minisséries e novelas também são famosas por isso, mas há algumas que mostram a nudez, mas de uma forma totalmente envolvida com a trama, como "Presença de Anita", apesar de muita gente ter assistido apenas pelo erotismo do seriado.

O cinema brasileiro é bom, ele não precisa ser conhecido apenas pela sua excessiva nudez. Há ótimos filmes como "Carandiru" e "Cidade de Deus", que utilizam muitos palavrões, mas aparecem porque eles realmente tinham que estar ali, já que estes filmes falam de guerra civil, miséria, pobreza, favela, etc. Sou a favor dos palavrões na hora certa, da nudez na hora certa e nisso o cinema brasileiro realmente precisa melhorar muito para chegar no nível dos gringos.

Links relacionados:
Cine Arte (http://www.cinearteposto4.com.br/)
Entenda o 'Manifesto contra a Nudez' - (http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u454633.shtml)

Link:
GG Allin - Freaks, Faggots, Drunks & Junkies
http://www.badongo.com/file/4839825

Para provar que esse texto nada tem a ver com moralismo, temos aqui um álbum do roqueiro mais fora da lei de todos os tempos. GG Allin.
Freaks, Faggots, Drunks & Junkies, lançado em 1988, é o quarto disco do doidão e têm vários clássicos da música podre, como 'Commit Suicide', 'Outlaw Scumfuck' e 'Dog Shit'.
Para você entender quem foi esse cara para o rock n´roll, não deixe de visitar a página no Wikipédia do cantor (http://pt.wikipedia.org/wiki/G.G._Allin),

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Essa tal Democracia...



Olá.

Desde que terminei o curso de Jornalismo, no final de 2007, sinto falta de escrever. Pode ser um texto pálido e frio como nos jornais diários, um texto direcionado e falso como o de uma revista semanal e até um texto sem regras, sem estilo definido, inclassificável pelos "mestres" da faculdade.

Assim explico a anarquia textual aqui presente, seja em resenhas escritas como se fossem fatos, seja em desabafos escritos como notícia. Aqui não importa o meio, importa a mensagem.

Também não há periodicidade, não há tema definido. A única coisa definida será um link a cada post, relacionado (quase sempre) com o texto postado.

Pode ser clichê pela época, mas o primeiro assunto abordado será ELEIÇÕES.

Primeiro gostaria de comentar sobre a eleição norte-americana. Acho que é a primeira vez que realmente torço por um político, seja em disputas municipais, estaduais ou mundiais, como infelizmente é a eleição estadunidense, já que o cara que assumir terá enorme influência socioeconômica em todo o planeta, além do poder de mandar matar o povo que quiser por qualquer motivo banal, que deixe mal e porcamente escondido um interesse financeiro.

Acho que nem preciso dizer que torço pelo democrata Barack Obama, já que John McCain é republicano igual nosso "querido" George W. Bush. Mas não é apenas por isso. Imagine que foda será um negro e filho de queniano se tornar o presidente do país que promove o maior "apartheid" racial mascarado do mundo.

Em 2004, segundo dados do próprio governo norte-americano, um em cada quatro negros vivia abaixo da linha da pobreza. Cidades como Detroit, Baltimore e St. Louis apresentam a divisão: negros de um lado, brancos do outro. Agora pergunto a vocês, os EUA são mesmo um país de primeiro mundo? Uma nação ideal e modelo para as demais? Democracia? Faz-me rir.

Além disso, hoje (28/10), dois neonazistas foram presos, pois planejavam matar o candidato Obama. Com certeza eles não são os únicos que têm essa idéia na cabeça e a chance de Obama sofrer um atentado antes ou depois de assumir, se eleito, são altas. Lembra dos presidentes dos EUA que morreram exercendo as suas funções? Lincoln, Garfield, McKinley e Kennedy. E os que sofreram atentados e escaparam por pouco? Reagan, Ford, Truman, etc.

E sim, a eleição presidencial dos EUA pode mudar e muito nossas vidas, principalmente se levarmos em conta os planos norte-americanos na Amazônia, mas isso é papo para outro dia.

Mudando um pouco de ares e voltando ao nosso país, finalmente o circo de promessas teve seu fim. O único que tinha uma mínima torcida de minha parte era o Gabeira lá no Rio. É um dos únicos políticos que ainda acho honesto no meio de toda essa lama de promessas falsas e corrupção. Respeito o passado dele e a defesa de idéias polêmicas, que a maioria dos políticos prefere não tocar.

Infelizmente o Gabeira perdeu no Rio para o Paes. Quem viu CQC (melhor programa da TV brasileira atualmente) ontem (27/10) viu que o novo prefeito do Rio de Janeiro fala muito e faz pouco, o típico malandro carioca (nada contra os cariocas).

E depois ainda querem que eu acredite nessa tal DEMOcracia...

Link:
Disclose / Besthöven split 7"
http://www.4shared.com/file/37595962/c75445cd/DISCLOSE__BESTHOVEN.html
No post falamos de EUA, Bush, Reagan...isso me lembra guerra! e guerra me lembra d-beat!
Hoje temos com certeza um dos melhores materiais do Disclose (Japão) e o melhor do Besthöven (Brasil) por aqui.
Trilha sonora perfeita para um dia de "bad trip".
Dos japoneses o destaque fica com a primeira faixa 'No Escape', porém as três tem o padrão Disclose de ser, muita distorção e dbeat no talo.
Já pelo lado do Besthoven destaco 'Life in Hell', um som de riffs cortantes e vocal e letra desesperadores.